terça-feira, 6 de novembro de 2012

UM SOCIALISTA CHINÊS NO SÉCULO XI, Charles de Varigny


Pouca gente sabe que o modelo co­mu­nista implantado no século vinte na Rús­sia, na China e em Cuba já havia sido experimentado no século XI na própria China. O refor­mador que logrou essa proe­za, Wan-Ngan-Ché (1019-1086), realizou de modo com­pleto o coletivismo da produção agrária, estendendo-o para todas as indústrias, de modo a abolir a proprie­dade individual e até a impe­dir o enriquecimento de todo cidadão.
Esta época na China foi particularmente agitada; o império estava à beira do caos, uma seca implacável, terremotos, carestia, guerra civil, aumento da miséria do povo e, para exaltar os ânimos, seitas anarquistas ou niilistas se propunham a destruir o edifício social. «A sociedade, diziam eles, baseia-se na lei, que não é senão injustiça e sofisma, sobre a proprie­dade, que não é senão rou­bo e extorsão, sobre a religião, que não passa de uma mentira, sobre a força, que não é senão tirania».
É nesse cenário caótico que aparece o célebre Wan-Ngan-Ché, com um plano de reformas nunca antes tentado para salvar a China da ruína social. Contou com o apoio do próprio imperador e plenos poderes durante quinze anos para implementá-lo sem, no entanto, conseguir acabar com a fome e a miséria ou restabelecer a paz social.

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UM SOCIALISTA CHINÊS NO  SÉCULO XI. Brochura, 58 páginas, formato 11,5 X 18,5 cm., 2012. Tradução de Bira Câmara. A edição traz, além do texto de Varigny, "A dinastia Song e o reformador Wang-Ngan-Ché", segundo o historiador René Grousset, extraído do  Cap. XXI da Histoire de la Chine (1942), Les Song et le problème des réformes, de René Grousset